Manhãs submersas...

da janela que nos abre o mundo
eu e tu num suspiro profundo,
dizemos adeus ao luar...
a manhã vem sonolenta,
vestida de cor magenta,
aos nossos pés se deitar...
da noite apenas o rasto,
lembrando o desgasto,
dos corpos a descansar...
os olhos procuram o futuro,
mas por ser tão imaturo,
tarda em se revelar...
resta então a esperança,
que a vida que não se cansa,
o amor queira abraçar...
mãos estrangulam incertezas,
juntas formam fortalezas,
onde a paixão vai reinar...
os rostos exibem sorrisos,
lembrando os improvisos,
nos lençóis a repousar...
tua pele ainda na minha,
afronta e desalinha,
a razão que quer voltar...
aqui neste momento,
somos mais que sentimento,
somos o verbo amar...
não precisas dizer nada,
nesta bela madrugada,
deixa-me apenas ficar,
submersa no teu braço,
que me prende feito aço,
e que não me deixa naufragar,
tu és meu porto de abrigo,
és muito mais que amigo,
és a realidade a sonhar...

*** Ártemis ***
 

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