Os manifestantes da Marcha das Vadias, em Copacabana, organizada pela Associação de Mulheres Brasileiras (AMB), protestaram contra a alta incidência de estupros no Brasil e o Estatuto do Nascituro, e pediram o fim do preconceito contra homossexuais, da violência contra as mulheres, além da legalização do aborto.
Diversas encenações ilustraram os apelos feitos pelas feministas. Uma delas chamou a atenção por seu teor altamente polêmico, pois os envolvidos utilizaram a imagem da "Nossa Senhora" como objeto sexual. A cabeça da imagem virou uma espécie de consolo. Em seguida, os manifestantes quebraram as imagens e as cruzes. Por fim, uma manifestante pegou o que sobrava de uma cruz, colocou camisinha em sua base e a enfiou no ânus de seu parceiro de encenação. Tal ato assustou até mesmo outros manifestantes que não esperavam tanta ousadia. Uma delas disse que colocaria uma máscara para não ser reconhecida, já que receava represálias no trabalho.
Fotografias de Lia Ferreira/Vero
"Não é manifestação. É desespero. Até mesmo problema de saúde mental. Não se faz uma passeata pedindo "respeito", desrespeitando os demais. É preciso respeitar, para ser respeitado. O que uma cena assim pode despertar ? Pena. Muita pena de ver a que ponto pode chegar um ser humano para chamar a atenção. Histrionismo não me representa. Sou mulher e digo, não me representam. Até para fazer um protesto tirando a " roupa" , é preciso inteligência."
LAMENTÁVEL.
Celamar Maione