Nunca só...


É na cama do alheio que deito as minhas vontades...
e espero por ti...
as paredes que amparam a agonia da minha espera,
olham-me...testemunham as fraquezas do meu corpo,
que vai apunhalando os lençóis ensopados em desejos...
Os rasgos de solidão são costurados pela fina linha das memórias,
que pelo desfiladeiro da minha pele se lançam...
Os vultos deste amor inacabado cercam-me...fazem-me companhia...
não permitem que te esqueça por um só instante...
São eles que na tua ausência acalentam a minha saudade...
eles sopram a tua existência e eu sinto-a...sinto-te como aqui estivesses...
sobrevoando os céus indefinidos desta paixão...

***Ártemis***

 

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