Amanda tem 27 anos e... É transexual. Foram quatro anos de economia até que ela juntasse os US$ 7 mil para fazer a operação de mudança de sexo em Bangoc, na Tailândia, em 2007.
Nascida em Itaberaba, na Bahia, conta que sempre soube que era diferente. Com cerca de 5 anos, idade em que os meninos estão às voltas com bolas e carrinhos, ela brincava de boneca e de casinha e só tinha amiguinhas. “Quando minha mãe estava grávida de mim, queria muito uma menina. Tive a alegria de dar a ela a menina que ela queria”, diz Amanda, que é a caçula de uma família com mais dois irmãos e uma irmã. Com 15 anos revelou que tinha vergonha de ver seu pênis no espelho. “Eu não me via naquele corpo”.
Ela conta que trabalhou como cabeleireira e até fez programas para conseguir o dinheiro. "Não passei dificuldade porque minha mãe me ajudou. Se soubesse (como era boa a sensação pós-cirurgia), tinha feito a operação antes", diz ela que hoje trabalha como gogo girl em uma casa noturna e é gerente de outra, ambas na capital paulista. Amanda namora há dois anos um personal trainer.
Segundo Amanda, o namorado, que ela prefere não identificar, nunca havia se relacionado com um transexual. Ela diz que foram necessários dois meses de namoro até que eles transassem pela primeira vez. "Ele me disse que era mais apertadinho (comparado a relação sexual com outras mulheres)", contou.